Hoje muito se fala na gestão por liderança como algo inovador. A mudança de conceito em relação ao famigerado chefe, autoritário e indisponível, é o novo insight da administração. Mas essa forma de gerenciamento, embora muito eficiente, não tem nada de novo. Há mais de dois mil anos um homem deu aula de liderança e recrutou colaboradores que, geração após geração, trabalham em seu projeto por acreditarem no sucesso dele. Quem é esse homem? Jesus Cristo, o maior líder e empreendedor da história. Para além de crença e religião, falamos sobre o Jesus histórico que ao longo da vida adquiriu milhares de seguidores. Olhando com atenção, nota-se lições de perseverança, foco, determinação, companheirismo e outros valores ao longo da sua trajetória. Jesus fez uma seleção, reconheceu o potencial de 12 pessoas e as treinou. Seu projeto teve tanto sucesso que, passados dois mil anos, continua funcionando e se reciclando.
5 características da liderança de Jesus que podemos relacionar com o mundo corporativo:
- Boa oratória: De acordo com o relato de alguns cristãos, muitos seguidores passaram a seguir Jesus devido ao seu dom da oratória. Ele sabia usar as palavras para convencer as pessoas sobre seus ensinamentos e fazia isso muito bem, pois tinha muita certeza da mensagem que precisava passar ao seu povo e, o mais importante, cumpria o que falava. E assim é ou deveria ser no mundo corporativo: o líder, além de cumprir com a sua palavra, precisa saber bem o que deseja transmitir aos seus liderados, precisa conhecer e entender quais os objetivos a empresa deseja alcançar para assim poder passá-los de forma clara e objetiva.
- Justiça: Uma outra característica que podemos relacionar é o seu senso de justiça. Jesus procurava ser justo com aqueles que lhe seguiam. Uma frase comum que podemos retratar aqui é “amar o próximo como a si mesmo.” Ou seja, devemos tratar as pessoas como gostaríamos que nos tratassem. Trazendo para o mundo corporativo, o líder deve liderar como gostaria de ser liderado e acredito que ninguém gostaria de ser mal liderado. Outro ponto relacionado à justiça que podemos citar, é que Jesus tratava todos de forma igual, sem distinguir raça, cor, poder econômico etc. O mesmo deve fazer o líder empresarial: todos os seus funcionários devem ser tratados com o mesmo respeito, ter os mesmos direitos, os mesmos deveres, sem deixar que questões pessoais interfiram.
- Não dar o peixe, mas ensinar a pescar: podemos citar aqui também o fato de o bom líder saber disponibilizar as condições ideais de trabalho para os seus colaboradores, não sendo “bonzinho” e dando tudo de “mão beijada”, mas se esforçando para que seus funcionários consigam exercer as funções de forma tranquila e confiem que, com boas condições e tendo com quem contar nas horas difíceis, precisarão apenas de seus esforços para atingir os objetivos. Um paralelo que podemos fazer com o modelo de liderança adotado por Jesus Cristo é na passagem em que os pescadores não conseguiam pescar nada e voltavam para suas casas com os cestos vazios. Jesus poderia muito bem fazer com que os peixes aparecessem na frente deles, sem que eles tivessem esforço algum em pescá-los. No entanto, ele pediu para eles jogarem as redes e, depois disso, assim que puxaram, lá estavam os peixes. Isso mostra, assim, que peixes eles teriam, mas precisariam pescar para consegui-los.
- Amar: um fato interessante é o de Jesus usar a liderança na base do amor, deixando seus seguidores à vontade para seguir quais caminhos quisessem, sem obrigar, impor, ameaçar etc. Na empresa, será que eu como líder estou liderando pelo amor ou pela imposição? O significado de liderança é bem claro. “Ato ou efeito de comandar, dirigir, assumir controle de uma situação, estar à frente, servir, ajudar, obter resultados.” Será que estou seguindo essa linha, ou estou sendo um líder mais autoritário, impondo minhas ideias sem deixar que as pessoas opinem sobre o assunto?
- Conhecer as pessoas: Jesus também conhecia muito bem seus liderados, tanto que sabia exatamente quem iria traí-lo, quem iria negá-lo. Conhecia todos, cada detalhe, o que pensavam, o que gostavam, o que não gostavam, tudo sobre seus seguidores. Nas empresas, os líderes precisam conhecer bem os seus funcionários, pois precisam saber qual a melhor forma de motivar cada membro da equipe e até aonde se pode exigir de cada pessoa. Todos devem ter os mesmos deveres e direitos, mas cada ser humano tem limitações diferentes e essas limitações precisam ser bem trabalhadas dependendo de cada ser humano e, para isso, precisamos conhecer muito bem cada membro da equipe.